top of page

Auto da Compadecida


A peça Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, editora Nova Fronteira, aborda temas universais como a avareza humana, a afinidade com a fé cristã e a luta pela sobrevivência.

Por meio de ideais do cristianismo católico, o autor vai antecipando para o leitor um desfecho com teor altamente moralizante. A peça foi escrita em 1955 e publicada em 1957.

A relação de proximidade com os santos é tão grande que eles são aclamados por apelidos e as promessas feitas eram levadas a “ferro e fogo”. Essa intimidade com Deus é o que traz a verdadeira salvação dessas personagens, pois é a partir dessa relação que o leitor tem a noção de como essa fé na vida é primordial para a trama.

A peça foi embasada nos estudos de oralização e improvisação realizados pelo autor. Essa linguagem foi influenciada pela literatura de Cordel. A peça traz recortes de três cordéis que compõem os “supostos” três atos da peça. “O castigo da Soberba”, “O enterro do cachorro” e “História do cavalo que defecava dinheiro.”

Além disso, a escritura se casa com a tradição clássica do teatro medieval pela representação dos personagens Arlequim e Pierrot projetada nas figuras Chicó e João Grilo. Arlequim era o protótipo do palhaço esperto, inteligente, malandro e que ganhava o público, com facilidade, por meio do seu discurso sedutor e político. Sempre piadista e alegre conquistava com facilidade as pessoas. Arlequim era o protótipo do personagem triste, bobão, muito ingênuo para as situações e adorava ficar imaginando, sonhando ou confabulando fatos.

Obra clássica da literatura brasileira que deve ser lida com a devida atenção e repeito aos moldes da cultura nordestina.



SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

#ArianoSuassuna #AUTODACOMPADECIDA

Posts Relacionados

Ver tudo
Posts Recentes
bottom of page