Se a memória não me falha

Se a memória não me falha é o registro leve, divertido e humorado das lembranças da consagrada escritora Sylvia Orthof. Sem se preocupar com a veracidade dos fatos, importando-se apenas em narrar as memórias marcantes de sua adolescência nos anos 1940, como o primeiro beijo, a separação dos pais, a chegada dos avós refugiados de guerra, a primeira menstruação, a baixa autoestima, as zoeiras no colégio, a autora entrega ao leitor a possibilidade de ele se identificar com as memórias narradas por ela e, porventura, rir de algo que ele tenha vivido ou esteja vivendo.
Ao mesmo tempo em que a obra possibilita trabalhar com os alunos do Fund. II memórias e a temática “Conflitos de adolescente”, permite também uma interface com as disciplinas História e Tecnologia. Em alguns capítulos, o aluno vai perceber algumas referências ao contexto histórico. Sendo assim, seria uma boa oportunidade de o professor de História levar o aluno a ver as memórias como fontes vivas de conhecimento da história de um povo. Que tal um projeto de criação das memórias da comunidade?
Esse trabalho permitirá resgatar, por meio do encontro com as memórias de pessoas mais velhas, a história da comunidade onde essas pessoas vivem. As produções poderão ser feitas, tanto em depoimentos em vídeo ou podcasts.
Sylvia Orthof trabalhou com teatro, colaborou com lindas histórias na revista Recreio e ganhou vários prêmios, como o Jabuti com a obra “A vaca Mimosa e a mosca Zenilda”. Sua obra é estudada em seminários e encontros nas universidades, e seus livros( quase 130 ao todo) ganham novas edições e novos ilustradores com o passar dos anos.
Nesta edição, a ilustradora Suppa, também escritora de alguns livros, dá ainda mais graça, cor e vida para as memórias de uma adolescente. Suppa virou ilustradora quando foi morar em Paris, onde viveu por vinte anos. Ilustrou mais de cem revistas, publicidade e livros infantis. Recebeu o prêmio Jabuti em 2017.
Se quiser conhecer mais detalhes sobre a obra, deixei um vídeo aqui.
Fico por aqui!
Grande beijo!
Regiane Boainain